Será normal?

Isto há dias em que tudo parece um pouco estranho, ou pelo menos fora do normal. Levanto-me da cama ao ritmo do meu horário de fim de semana, e quando espreito pela janela da cozinha deparo-me com a bela imagem do meu vizinho a estropiar um veado que se encontrava pendurado pela cabeça numa parede à entrada de casa. O homem tinha pinta de ser talhante. Ainda pensei se aquilo fazia algum sentido e se não estava ainda a dormir…mas não. Não sei. Quero acreditar que foi um belo prémio de um dia de caça produtivo e que a fome do sujeito era de tal forma, que o impulsionou a rapidamente desmantelar aquele animal para um belo de um jantar. Ainda vou lá bater à porta para provar um pouquito logo à noite…

Segui muito pacificamente o meu caminho até à estação de correios. Era uma manhã/tarde que aparentemente não prometia mais surpresas. Estar à espera de ser atendido com um ticket na mão com um número estupidamente maior do que o apresentado naqueles placares todos catitas não agrada a ninguém, mas toca a todos por isso não há mais a fazer do que esperar. Ou será que há? Por vezes aproveita-se aquele estimado tempo de esperar para ir fazer algo a um outro local próxima para rentabilizar o tempo. E que tal voltar, aperceber de que o nosso número já passou, e do nada, começar tresloucadamente a agredir a pobre maquina, que mais não faz do que dar os tickets a pedido dos clientes, com um belo de um violento pontapé acompanhado por mais algumas palavras acredito que pouco carinhosas, apesar de não perceber puto de Dinamarquês, e a entrar num estado de desespero como se o fim do mundo estivesse próximo e fosse da completa responsabilidade daquele pobre aparelho. Até a mudou ligeiramente de sítio. Foi com esta situação que me deparei e assustei. Pudera….estava a menos de dois metros da maquina quando esta senhora de meia idade protagonizou mais um belo episodio da série “Há coisas fantásticas não há?”. Afastei-me muito discretamente daquela zona, não fosse ela sofrer de um relapso e começar desta feita a agredir tudo o que era cliente e esperava para ser atendido. Já estou a imaginar ela feita Super Homem, a balançar a maquina dos tickets no ar e a distribuir porrada da velha por tudo aquilo que se intrometesse entre ela e o balcão de atendimento dos correios… Seria memorável!

Ao que parece este sábado promete coisas fora do comum…Nem me arrisquei a andar na rua durante muito mais tempo esta tarde, mas estou a ver que a noite vai ser no mínimo uma verdadeira loucura…ehehheh! Ainda bem que comprei aquelas 4 garrafitas de Periquita e um vinhito do Porto ontem. Sempre ajuda a descontrair…

Sábado, 19 de Janeiro de 2008