segunda-feira, 7 de julho de 2008

O tudo e o nada

Chegado do trabalho, sento-me aqui no sofá e de cá ninguém me tira tão cedo, a não ser a falta de bateria no pc que a algum ponto se há-de manifestar.... Pois bem perdoem-me as 4 pessoas que possam alguma vez ler esta mensagem, mas agora apetece-me escrever algo, não sei bem o quê nem o porquê, de uma forma muito semelhante aos sentimentos/ideias/pensamentos/desejos que me tem atravessado a mente nos últimos tempos.

Começa mal logo com o título...com a tentativa de definir dois conceitos inexistentes, ou melhor dois conceitos indefiníveis. Impossíveis de verdade!

Isto anda como o tempo por aqui...ora de manhã uns aguaceiros ao raiar do sol, um calor intenso à tarde que apela desesperadamente por um recanto de praia, ora chuva intensa a indicar o final do horário de expediente. Com sorte vem uma noitada bem quente para encerrar mais um dia de vida.

O tempo passa e não para...e muito menos volta para trás. E a minha mente sofre com a racionalização desta ideia, ou melhor desta verdade absoluta.

Anda tudo num rodopio alucinante aqui por dentro. A definição clara de ideias está completamente afectada. Um nevoeiro cerrado deturpa desejos, vontades e ambições. A simplicidade funcional abandonou o barco. A capacidade de ver ao longe, imaginar o futuro a relembrar o passado está seriamente comprometida.

Tem dias...tudo tem momentos. Nada é igual, tudo é diferente. A diversidade amontoa-se, e esta variedade do tudo e do nada é teoricamente excitante! Mas neste momento, esta constante instabilidade e incerteza, define-se pela falta de "algo". E este "algo", este pequeno factor que me é impossível definir no agora, é no mínimo perturbador e mesmo assustador!

Perdi neste instante a vontade de continuar a escrever mais sobre o nada


2 comentários:

Simãozinho, o Bife disse...

Companheiro, andas a tomar alguma coisa ou isso é só inspiração do momento????

Aquele abraço

Unknown disse...

Começo a admirar as tuas qualidades literárias/poéticas, por momentos pensei estar a ler Fernando Pessoa misturado comCesário Verde! Não é fácil escrever sobre nada durante tanto texto.


Abraço!